segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

[feche os olhos e tente esquecer]

o passado, o imaginado.
nunca serão.
nunca.

e foi do nada que brotou uma estrela.

seu brilho é fraco, quase nulo.
nunca será uma estrela verdadeira.
nunca.

tenho medo do que está por vir,
mas mesmo assim temo ainda mais que nada venha.

'não sei se é melhor pra mim você aqui'

nunca serão.
mas bem que poderiam ser...
só um pouquinho.

[feche os olhos e tente não pensar]

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"Proibida de lembrar, com medo de esquecer; era uma situação limite."

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

'Something in the way she moves...'
Poucas luzes no salão, música no volume exato para não permitir que nenhum comentário chegue até você...
'I don't wanna leave her know...'
Salto alto, vestido rodado, pernas que se cruzam em determinados momentos...
'I don't need no other lover...'
Perfume marcante, mãos no pescoço, mãos na cintura...
'You know I belive and how...'
Movimentos leves, não muito confiantes...
'I don't know, I don't know...'
Troca de olhares...
'And all I have to do is think of her...'
Não há frio, nem calor.
Não há mais ninguém.
Só a música.
E nós.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

I am the next act waiting in the wings.
I am an animal trapped in you hot car.
I am all the days that you choose to ignore.

It's all right
It's all wrong

sábado, 30 de agosto de 2008

e existem esses corpos que exercem uma força gravitacional sobre o meu corpo, que me puxam para perto.
pode até parecer bom no começo.
mas depois de um tempo a vontade que tenho é de seguir o vetor da velocidade, tangente ao movimento circular que realizo em volta desse corpo estranho.
como seria bom se eu não precisasse orbitar ao redor de corpo nenhum.
como seria bom se eu pudesse vagar por ai, por inércia.
tomara que mudanças bruscas aconteçam e que eu consiga, afinal, seguir meu rumo, sem esses corpos exercendo forças que me mantém por perto.
[saber estar perto...]

sábado, 16 de agosto de 2008

meu universo querido continua rumando para longe, longe, longe...
logo no momento em que eu precisava tanto dele, de sua luz.
no meu universo uma tremenda bagunça se instala.
paradoxo.
meu universo sempre foi meu porto-seguro, meu alívio imediato, minha proteção...
agora eu não vejo a hora de abandoná-lo.
estou com esse universo desde o princípio e agora ele já não me basta, os conflitos se tornam cada vez mais constantes e tornam insuportável a persistencia...
a construção de um universo novo deve ser extremamente complicada, eu sei, mas nesse já não dá para ficar.
quero começar do zero, escolher pouco a pouco tudo que fará parte desse novo universo.
mas até o novo começo, a destruição lenta continua.

domingo, 10 de agosto de 2008

oh, dear andromeda.

mais uma noite em que a vida parece te transportar para o tão clamado outro universo.
mas uma nuvem de poeira cósmica, no meio da nossa noite estrelada, fez com que o universo que eu queria estar fosse para longe.
fez com que ele não estivesse mais em paralelo ao meu.
eu continuo indo para o norte, mas agora o outro universo está indo para o leste, em paralelo com um outro universo... universo este que suga as energias do meu antigo universo querido.
eu rogo a andrômeda que não afaste tanto esse universo do meu, mesmo que não estejamos mais em paralelo, quero sempre poder ser iluminada pela sua luz, que recarrega minhas baterias.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

the clock is ticking
until you don't need anybody else
the future is coming
coming
coming
coming
soon.

don't be afraid
and prepare yourself
to be alone for good
for good
for good
for good
soon.

be together is so ten minutes ago
be alone is the new trend
be prepared.

the time is now.
the future is now.

and where are you?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

changing rooms

durante a vida você muda de casa, muda de gostos... tudo muda, evolui, amadurece.
a vida é como uma casa, com vários quartos.
cada quarto representa algo e a cada momento novo, seja ele bom ou ruim, alguma coisa é acrescentada nesse quarto. seja um quadro, um enfeite, uma iluminação nova.
cada quarto tem sua própria decoração. pode ser minimalista ou colorida e cheia de cacarecos.
e é assim que vamos crescendo, vamos mudando os quartos.
é possível até mudar de casa. tem gente, que durante a vida vai morar numa mansão com milhaaares de quartos, tem gente que mora num apartamento com sala e cozinha.

reformar um quarto não é uma tarefa fácil.
primeiro você tem que ter certeza que não quer mais ele do jeito que está.
depois, você tem que remover todas as lembranças que estão lá, o que pode ser incrivelmente difícil, afinal, pode ser um quarto antigo, com milhares de momentos bons.
por último você tem que pintá-lo de outra cor, uma cor totalmente diferente.

mas, por favor, tente não voltar atrás depois de reformar um quarto.
pode ser cansativo voltar atrás e refazer a pintura, decorar exatamente como era...
aliás, exatamente como era não dá pra ficar. alguns enfeites podem quebrar ou se perder completamente nessa bagunça.

let's change some rooms?

domingo, 13 de julho de 2008

Eu perco o sono, ao som de Thom Yorke e telefono pra você.
[A gente não tem nada a ver]
Mas quando eu te vejo do meu lado...
[A gente não tem nada a perder]
De dia eu não te vejo, nem desejo, eu vejo que não dá.
[A gente não tem nada a ver]
A noite inteira, eu penso em ti, eu penso em te encontrar.
[A gente não tem nada a perder]

Nada a ver, nada a perder,
Nada a fazer, nada não...

Sinto tanto, sinto muito, enquanto a noite cai.
[A gente não tem nada a ver]
Sinto saudade, é verdade, nunca é tarde, enquanto a chuva cai.
[A gente não tem nada a perder]
Eu fico sem saber o que fazer, o que vai ser amanhã de manhã.
[A gente não tem nada a ver]
Eu sonho com elegância, arrogância, extravagância.
[A gente não tem nada a perder]

Nada a ver, nada a perder,
Nada a fazer, nada não...

Às vezes eu te vejo...
Às vezes eu...

Nada a ver, nada a perder...

- original por Humberto Gessinger -

sábado, 12 de julho de 2008

ontem eu sai no meio da selva para procurar um rosto familiar na multidão.
sim, eu encontrei!
e nós pegamos uma nave espacial cheia de alienigenas e fomos para os guetos.
escuros, sombrios, gelados...
lá não havia animais selvagens, não havia ninguém!
mas depois fomos acolhidas por um calor querido, por pessoas queridas.
entramos em um universo diferente, por assim dizer.
sem muito glamour, mas ainda assim com câmeras, amigos, efeitos especiais, café, gente famosa, jantares com sobremesas gostosas, figurantes, diretores e suas cadeiras, notebooks, abraços, playback, pessoas sendo enforcadas, carrascos de sapatos lustrosos...
such a lovely night.
we want it again, sure we do.

-em busca de novas sensações como a de hoje-

segunda-feira, 7 de julho de 2008

_


quando o vazio passa a nos preencher
é hora de buscar coisas novas

pincéis,
músicas,
fotos,
roupas,
luzes,
textos,
monólogos,
pessoas,

aonde tudo isso me levará?
não sei...
mas eu nem sabia para onde estava indo mesmo.

- em busca de novas sensações -

sábado, 5 de julho de 2008

Por favor, Thom Yorke, me ensine como desaparecer completamente.
Também quero, in a little while, be gone.
Também quero que o momento esteja already passed
Também quero que it's gone
Também quero não estar aqui
Também quero dizer 'this isn't happening'

I'm not here
I'm not here

Idioteque, this is really happening, happening.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

é tão ruim ficar presa dentro de casa enquanto alguém,
do outro lado da cidade,
não está bem.

essa incapacidade de ficar perto,
de ajudar, de telefonar...

é isso que me consome.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

você pensa que o sol parou de brilhar ironicamente de manhã
você pensa
e fica pensando...

maldita ironia solar.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

tic tac

e o nervosismo persiste.
já deveria ter passado há tempos
mas persiste...

nervos!

que não são de aço, não são de ferro.
nervos que se abatem facilmente.

nervosisimo antes,
- o durante não existe -
e o depois enerva-me ainda mais.

tic-tactic-tactic-tac

o tempo não passa
quando passará?
para onde irá?
para onde iremos?
será que iremos?

indecisõesconfusões
falta de reações.

tic-tactic-tactic-tac
-tic-tac-

segunda-feira, 23 de junho de 2008

vagar por essa selva, cheia de monstros.
perigos!
árvores enormes, habitadas por seres terríveis, que só pensam nos cifrões.
difícil de se acostumar, pior ainda para desacostumar.
ritmo acelerado, como um fluxo de pensamento.

rápido, rápido, rápido.

mais uma noite
sombria
fria

mas um certo lugar
uma certa companhia
no meio da noite
no meio da selva

não sei

parece recarregar suas energias
te transportar para um outro universo

mas ao fim da noite percebemos que esse outro universo está longe e que a selva permanecerá.

eu não pertenço a essa selva.
meu universo está paralelo àquele no qual eu gostaria de estar
e os raros momentos em que nossos universos se encontram parecem cada vez mais raros e intensos.

espero que algum dia nossos universos, paralelos, comecem a convergir.
e que em algum ponto acabem se cruzando e lá permanecendo pelo tempo necessário.

enquanto isso
a selva...

sábado, 21 de junho de 2008

1m05s

trimm
trimm
trimm

pode mudar seu dia.

talvez fosse o ambiente de lá,
diferente do daqui.

talvez fosse a importância.
menor ai,
maior aqui.

...imensa aqui...

meias confissões
que para alguns é demais
para outros ainda é pouco.

tão pouco que
não chega a diferenciar
o que é além do normal.